Na quinta-feira, 4 de setembro, ocorreu o lançamento do Guia de Ações Educacionais em Resposta a Emergências Climáticas, em webinário transmitido ao vivo pelos canais do Conviva Educação e do MEC no YouTube. A publicação é uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC), em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), do Instituto Reúna e do Vozes da Educação.
O evento contou com a presença da coordenadora-geral de Estratégia da Educação Básica do MEC, Ana Valeria Dantas; do gerente de Inovação e Desenvolvimento do Instituto Reúna, Tiago Monteiro; e da fundadora e diretora-executiva do Vozes da Educação, Carolina Campos; sendo conduzido por Joana Saraiva, representante da área de comunicação da Undime.
O documento, com 28 páginas, foi elaborado como parte do Pacto Nacional pela Recomposição das Aprendizagens. A iniciativa se baseia em três áreas prioritárias: clima escolar e pessoas (acolhimento e atenção às comunidades escolares); dinâmica e processos (organização e otimização operacional das escolas); e ensino e aprendizagem (adaptação de métodos e instrumentos didáticos).
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), no Brasil, mais de 1 milhão de estudantes foram impactados negativamente pelas mudanças climáticas em 2024. “Quando a gente está falando de recomposição, o foco é a aprendizagem adequada. E, para garantir a aprendizagem, eu tenho que olhar também para todos os desafios que impactam essa aprendizagem. Essa é a importância do guia: reconhecer que as mudanças climáticas e as emergências climáticas são uma realidade”, afirmou Ana Valeria Dantas.
A elaboração do texto começou em 2024, ano em que a política da Recomposição das Aprendizagens estava sendo estruturada, e as enchentes no Rio Grande do Sul chamaram atenção para os efeitos diretos das crises ambientais na educação. Para Carolina Campos, a ação busca reduzir as perdas pedagógicas em situações emergenciais. “Todas as vezes em que a escola precisa parar por alguma coisa, a gente perde a aprendizagem, e isso tem relação com as questões climáticas”, destacou.
O material propõe ações de curtíssimo, curto e médio prazo. No primeiro estágio, recomenda o mapeamento de danos estruturais, físicos e psicológicos. Em seguida, orienta medidas para viabilizar a reabertura dos espaços educacionais. Já em médio prazo, o foco recai sobre criação de estratégias para permanência de estudantes pertencentes a grupos em maior vulnerabilidade diante dos efeitos das crises. Além disso, o documento traz questões transversais, como práticas escolares sensíveis ao trauma, letramento climático e a educação para a resiliência.
O Guia de Ações Educacionais, além de reforçar o compromisso do MEC de fortalecer o apoio técnico e pedagógico para responder aos desafios climáticos, também estimula a consolidação da educação ambiental nos currículos.
Recomposição das Aprendizagens – O Pacto Nacional pela Recomposição das Aprendizagens é uma iniciativa do MEC que tem como objetivo apoiar estados, municípios e o Distrito Federal na recomposição das aprendizagens de estudantes da educação básica que apresentam defasagens. A política, construída de forma colaborativa com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), busca garantir que esses estudantes tenham acesso a uma educação de qualidade, reduzindo desigualdades e fortalecendo a equidade no ensino.
O pacto surge como uma resposta articulada, estruturando ações para assegurar que crianças, adolescentes e jovens recomponham conhecimentos e habilidades, progredindo em sua trajetória escolar de forma eficaz e sustentável.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Básica (SEB)